Felizes aquel@s que participaram do Encontro
O GRITO E A RESISTÊNCIA NO CERRADO:
SABERES E FAZERES DOS POVOS DESTE CHÃO.
Quando: sexta-feira, 10 de setembro de 2010.
Onde: Travessa da Catedral, Cidade de Goiás (GO).
VEJA ABAIXO:
- As imagens ilustrando o que aconteceu. Sucesso!
- Quem somos e por que decidimos organizar este Encontro.
FOTOGRAFIAS: PATRICIA MOUSINHO
Realizamos este Encontro em comemoração ao 11 de setembro – Dia Nacional do Cerrado, desejando compartilhar os saberes e fazeres dos povos cerradeiros, possibilitando o contato direto com os sujeitos que constroem essa história, que se configura como exemplo concreto das iniciativas de resistência que devem ser valorizadas e multiplicadas.
Foi muito bom reunir tanta gente e proporcionar, em clima de festa e alegria, a oportunidade das mais variadas trocas: entre gerações, entre campo e cidade, entre comunidades de práticas semelhantes mas tão distantes umas das outras geograficamente.
Abaixo nossa programação, agora já ilustrada com o que vivemos no Encontro.
E que venha o próximo!
BENDITAS TODAS AS NOSSAS CHEGADAS!
9h30min – Fala de boas vindas:
Questões ambientais, proteção do Cerrado, plantas
medicinais, saberes e fazeres das populações tradicionais.
- Maria Luiza da Silva Oliveira, Coordenadora Diocesana da Pastoral da Saúde
O FAZER MEMÓRIA DE NOSSAS RAÍZES
O MOMENTO DE APREENDER PARA COMPARTILHAR
11h às 12h – Oficina prática:
A HORA DE OUVIR E FALAR DOS ENCANTOS DO CERRADO
13h30min às 15h – Palestra na Catedral
O Cerrado e sua biodiversidade – possibilidades de uso sustentável.
O MOMENTO DE APREENDER PARA COMPARTILHAR
15h às 16h – Oficinas práticas:
Oficina de garrafada ginecológica, na Casa da Agricultura Familiar.
O FAZER MEMÓRIA DE NOSSAS RAÍZES
OS NOSSOS VALORES NA CIRANDA DO CERRADO
16h – Encerramento:
DOS SEGREDOS DAS PALAVRAS BROTAM CHEIROS, SABORES E CORES
O Encontro contou, além desta programação em horários específicos, com atividades permanentes. Exposição fotográfica (fotos de Marina Moreira), exibição de vídeo sobre o trabalho desenvolvido pela Casa da Agricultura junto às comunidades e Farmacinhas. No espaço de Direitos Humanos, benzedeiras estarão à disposição para receber @s interessad@s.
Na Travessa da Catedral, sob uma grande tenda, o público poderá desfrutar de diversos espaços de informação, diálogo e demonstração, tais como:
• Raizeir@s, apresentando plantas medicinais e compartilhando seu saber.
• Degustação de iguarias preparadas com produtos do Cerrado (licores, geléias, sucos, patês vegetais).
• Demonstração da produção manual de peças em cerâmica, atividade característica da região.
• Fiandeiras, compartilhando seus fazeres.
• Painéis com fotografias das atividades desenvolvidas nos diversos grupos e Farmacinhas.
• Artesanato e produtos das comunidades.
Da integração de quatro Pastorais Sociais da Diocese de Goiás – Pastoral da Terra (CPT), Casa dos Migrantes, Direitos Humanos e Pastoral da Saúde –, nasceu a Casa da Agricultura Familiar Dom Tomás Balduíno. Coordenada pela Pastoral da Saúde, propõe-se a ser um espaço permanente de divulgação e valorização da memória e cultura camponesa, atuando ainda no estreitamento das relações entre a população urbana e agricultor@s.
Reafirmando a origem da Pastoral da Saúde em Goiás – valorizar e estimular a prática da medicina popular nas Comunidades Eclesiais de Base –, a Casa da Agricultura realiza um amplo trabalho de visitas às comunidades, em que são promovidas atividades permanentes de orientação alimentar e relativa à saúde (prevenção de doenças, manipulação de remédios de plantas). Na perspectiva de valorização dos ofícios dos povos do Cerrado, a Casa realiza reuniões e mantém vínculos com parteiras, benzedeir@s e raizeir@s. Mantém uma Farmácia Popular de Plantas Medicinais (carinhosamente conhecida como Farmacinha), onde manipula remédios e orienta a população, além de acompanhar o trabalho das demais Farmacinhas existentes na região.
Vivemos no Bioma Cerrado, que tem papel-chave na questão dos recursos hídricos por abrigar as nascentes dos rios que formam as principais bacias hidrográficas brasileiras. Com seus 2 milhões de km2 (um quarto do território nacional), já teve quase metade de sua área desmatada e permanece sob taxa alarmante de degradação. Vítima de um modelo de desenvolvimento que ignora o patrimônio natural, o Cerrado vive da mesma forma as ameaças ao seu patrimônio cultural. Trata-se do segundo maior Bioma do Brasil e da América do Sul, reúne um terço da biodiversidade do nosso país e 5% da flora e da fauna de todo o Planeta, é a savana tropical mais rica do mundo em biodiversidade – mas as comunidades que detêm o conhecimento tradicional desta biodiversidade, seus saberes e suas relações com o ambiente em que vivem, estão de modo semelhante em processo de destruição.
Embora de riqueza inquestionável e de relevância atestada em caráter planetário, ainda é parco o conhecimento sobre o Cerrado e tudo aquilo que ele pode oferecer, numa modalidade de uso que, em vez de acentuar sua degradação, pode contribuir para sua proteção. É preciso, pois, ampliar a divulgação das ações em andamento, evidenciando soluções simples tanto para questões cotidianas da população quanto para a produção com o Cerrado em pé.
O trabalho que vem sendo realizado pela Casa da Agricultura revela relações positivas entre as populações humanas e a Natureza. Diante da crise socio-ambiental que atravessamos, faz-se necessário ir além do diagnóstico do problema e apontar caminhos e soluções, verificando que a grande inovação pode na verdade estar na valorização das práticas tradicionais.
Melhorar as condições de vida hoje
e construir o amanhã
reavivando e renovando o ontem.
Melhorar as condições de vida hoje
e construir o amanhã
reavivando e renovando o ontem.
Realização:
Apoio:
PONTO DE CULTURA
IMAGEM DA MEMÓRIA
PONTO DE CULTURA
RAIO DE LUZ
Contatos:
CASA DA AGRICULTURA FAMILIAR
Travessa da Catedral, Cidade de Goiás
(62) 3371-4736
COMISSÃO PASTORAL DA TERRA
Catedral de Sant'Ana - Cidade de Goiás
(62) 3371-3820
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